Essa frase foi adaptada de um texto da revista Harvard Public Health, que está disponível na íntegra no site https://bit.ly/38WK5L6
Nesse post, faço alguns comentários e discussões sobre o tema!
Ao longo das décadas, o padrão de mortalidade vem se alterando de acordo com mudanças nas dinâmicas sociais e no modo de vida nas comunidades ao redor do mundo. Particularmente no Brasil, até meados da década de 60, a principal causa de óbitos eram as doenças infecto-parasitárias. A partir daí, com o estabelecimento mais abrangente das campanhas de vacinação e dos antibióticos e com a melhoria do saneamento básico nas cidades, as doenças do aparelho circulatório (principalmente o AVC e o infarto cardíaco) assumiram a primeira posição. De um modo geral, em segundo lugar encontram-se as mortes por câncer, seguido de perto pelas mortes por causas externas (acidentes de trânsito, violência, etc).
O artigo citado no início comenta que, nos próximos anos, o câncer irá se tornar a principal causa de mortes nos Estados Unidos. Além disso, até o final deste século, essa pode ser a causa número 1 de mortes em todo o mundo! O principal motivo é o fato de estarmos vivendo mais, bem como diagnosticando essas doenças com métodos cada vez mais acessíveis. O câncer, de um modo simplista, ocorre quando determinadas células do nosso corpo estão se regenerando de um modo desordenado e caótico! Em algum momento, o passo-a-passo da regeneração celular falhou, seja por mutações genéticas, seja por fatores externos (radiação, cigarro, determinadas infecções, obesidade, produtos químicos, etc).
Uma discussão pessoal que coloco é que, ao passo que nas doenças infecciosas, a regra geral é curá-las ou vê-las progredir rapidamente, nas doenças circulatórias e nos cânceres, o alvo inicial é o controle e, em alguns casos, pode-se falar da cura. Obviamente, existe uma infinidade de doenças infecciosas que cronificam, mas não é a regra quando estamos falando de mortalidade por esta causa.
O câncer ainda hoje é motivo de terror e sofrimento. Desde o receio de se ter algum câncer, até as sequelas que a própria doença ou o seu tratamento podem deixar. O câncer interfere com a vida de seu portador, mas também com a dos seus familiares e seus amigos. Em um estudo mencionado no artigo, apenas um terço dos fatores envolvidos com a predisposição dos cânceres de um modo geral são associados com aspectos genéticos ou do ambiente em que se vive (alimentação, hábitos, etc). Os outros dois terços têm relação com a aleatoriedade da vida, que não certo ou errado. Apenas acontece! Essa taxa é discutível, pois estudo mais recentes sugerem que até metade dos casos de câncer poderiam ser prevenidos. Se o cigarro já foi um dos mais frequentes fatores de risco, a obesidade está se tornando agora o principal (útero, rim, pâncreas, intestino, etc).
O acesso à informação nunca foi tão abrangente! Governo, profissionais de saúde e população em geral devem buscar diariamente a melhoria dos índices mencionados!
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